“Imaginada, reclamada e posta em prática simultaneamente por todos aqueles que estão implicados na violência imperial, a história potencial é a transformação da violência em cuidado compartilhado com nosso mundo comum.”
Para Ariella Aïsha Azoulay, fazer história potencial significa recusar a busca irrefreável pelo novo e afirmar um compromisso com os mundos destroçados pelo domínio imperial. Não se trata de negar o efeito presente desse domínio nem de buscar uma versão alternativa de passado, e sim de adotar outra postura diante de um mundo atravessado pelo imperialismo, que reconheça a motivação política por trás da divisão entre passado, presente e futuro. É ao retornar para o momento em que outro mundo ainda era possível que se pode recuperar o potencial que sempre esteve lá.