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[Conteúdo] C. L. R. James e as lutas pan-africanas

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15 minutos de leitura

Por Selim Nadi

Cyril Lionel Robert James (1901-1989) nasceu em Tunapuna, uma cidade de Trinidad e Tobago. Desde o início de sua vida esteve intimamente ligado ao colonialismo e à condição dos negros. Seus pais fizeram parte da geração que acompanhou diretamente a abolição da escravidão, emancipação que teve um papel primordial nessa colônia britânica onde a economia era baseada principalmente na escravidão dos negros. 

Apesar de não viver luxuosamente, ele também não viveu na miséria. Como seu pai era professor, ele pôde crescer com um certo conforto. Além disso, o fato de sua casa ficar logo atrás de um campo de cricket fez com que ele se interessasse seriamente pelo cricket e pela literatura. Aliás, ele explicou esse interesse pelo cricket em 1963, em Beyond a Boundary, obra na qual ele relaciona a história desse esporte à história de sua família e também ao colonialismo britânico (principalmente nas Antilhas). Crescer nessa sociedade colonial lhe possibilitou, por um lado, se impregnar de toda essa cultura europeia, a partir de sua história ou literatura, mas também – como nos lembra Anna Grimshaw – se rebelar contra sua formação escolar, muito imbuída pela marca colonial. Depois ele se lançou na carreira de jornalista desportivo, para além da qual escreveu alguns textos de ficção. Foi através da literatura que ele questionou o colonialismo pela primeira vez, a leitura dos escritores ingleses e seus ideais de liberdade o fascinaram. O que o levou a escrever sua primeira obra política The Life of Captain Cipriani (1932):

“Não importa que homem tente fazer para os seus o que os ingleses são tão orgulhosos de ter conseguido para eles, ele se tornará imediatamente uma pessoa perigosa aos olhos do colono inglês, um revolucionário selvagem, um homem sem respeito pela ordem pública (…). A maior virtude, para eles, torna-se o maior dos crimes nas colônias.” [1] (p. 53)

Apesar de C.L.R. James ser definido, com razão, como um pensador marxista, não deve-se separá-lo do caráter fundamentalmente decolonial de toda a sua obra. C. L. R. fez parte do grupo de teóricos políticos que repensaram o marxismo para acrescentar à teoria uma reflexão sobre um grande impensado: a questão racial, assim como a autonomia negra. James se recusou a considerar a raça sob uma questão puramente de classe, e o seu internacionalismo não o impediu (muito pelo contrário) de apoiar as lutas pela independência pan-africana. O seu pensamento está, portanto, a meio caminho da existência de raças sociais, e, portanto, de uma autonomia da raça em relação à classe, e do puro classismo. Se James compara com frequência os negros com os proletários, ele também enfatiza a particularidade da dominação que lhes é imposta. Segundo Robinson, o radicalismo negro foi uma resposta específica africana à uma opressão particularmente europeia: a dominação racial. Assim, quando falamos de um marxismo ou radicalismo negros, não se trata de um marxismo/radicalismo simplesmente incorporado pelos negros, trata-se de uma decolonização do radicalismo branco e de um chamado a autonomia dos negros. De acordo com a escritora jamaicana Sylvia Winter, James foi um:

“negro, porém britânico, um colonizado, porém marcado pelo código da escola pública, ligado à causa do proletariado, porém de classe média, um marxista, porém puritano, um intelectual jogador de cricket, um descendente de africanos, porém ocidental, um trotskista e um pan-africanista, um marxista, porém interessado pelos estudos negros, um negro como a maioria do povo das Antilhas, porém parte da minoria negra dos Estados Unidos”.

É essa identidade necessariamente fragmentada do colonizado que levou James a se interessar pelas contradições raciais que estruturam as relações de força coloniais. Assim, este paradoxo entre uma profunda ligação à modernidade ocidental-colonial e, ao mesmo tempo, uma crítica profunda dessa modernidade, constituiu em parte o anti-colonialismo de James.

Saint-Domingue e o nascimento do caráter decolonial da autonomia negra

Um dos livros de James que pode nos ajudar a compreender a sua visão do colonialismo é A History of Pan-African Revolt, publicado pela primeira vez em 1938, retrabalhado em 1969, e recentemente republicado pela PM Press (2012). Originalmente publicado sob o título A History of Negro Revolt, a fim de se concentrar nas revoltas negras, o livro foi lançado cinco anos antes do American Negro Slave Revolt, de Herbert Aptheker, e três anos após o Black Reconstruction in America, de W.E.B. DuBois. James pretende escrever uma história das “massas” negras em ação, do seu potencial revolucionário. Foi o ressurgimento do projeto Pan-Africano nos anos 60, que teve uma grande influência sobre James, que o levou a renomear o seu livro em 1969 como A History of Pan-African Revolt. James tinha acabado de regressar de um período de conferências na África Oriental e Ocidental e estava em contacto com líderes pan-africanos. A ideia do Pan-Africanismo poderia ser resumida como o projeto de africanos unidos contra a violência colonial, superando assim os Estados-nação que foram os produtos do colonialismo na África. George Padmore é geralmente considerado como o pai do Pan-Africanismo. Na verdade, C.L.R. James escreveu em sua obra mais famosa The Black Jacobins:

“Mergulhando as suas canetas na tinta da Negritude, dois antilhenses inscreveram  seus nomes para sempre nas primeiras páginas da história do nosso tempo. Na linha de frente está Marcus Garvey (…) Em pouco mais de cinco anos, ele deu à causa africana o seu lugar na consciência política do mundo (…) O outro antilhense é George Padmore. Era também um falante de inglês de Trinidad e Tobago. No início da década de 1920, sacudiu os grilhões poeirentos do pequeno mundo das Índias Ocidentais e foi para os Estados Unidos. Quando ele morreu em 1959, oito países enviaram delegações ao seu funeral em Londres. Mas foi em Gana que as suas cinzas foram enterradas, e todos disseram que naquele país, famoso pelas suas manifestações políticas, nunca tinha acontecido um sepultamento como o de Padmore. Camponeses de áreas remotas que, teríamos pensado, nunca tinham ouvido o seu nome, encontraram o caminho para Accra para prestar a sua última homenagem a este antilhense que passou a sua vida ao seu serviço.” [2] (pp. 240 – 242)

O pan-africanismo é portanto necessariamente definido no seu contexto histórico; é um produto puro de resistência à colonização, uma colonização que está obviamente ligada à escravidão transatlântica. Na verdade, na sua obra, C.L.R. James não só questiona a história da África, mas também dedica um capítulo importante à escravidão e à Guerra Civil Americana. Em suma, no seu estudo do Pan-Africanismo, James também questiona as relações raciais de poder resultantes do comércio transatlântico de escravos e, por extensão, da colonização.

C.L.R. James escreve em A History of Pan-African Revolt que o momento fundador do Pan-Africanismo, e portanto da revolta contra o domínio colonial, foi a revolta dos escravos em Saint-Domingue, em 1791. A única revolta de escravos a ter êxito. Ele começa o seu livro dividindo o problema da relação entre os negros e a “civilização” europeia em duas categorias: “Negros na África e Negros na América e nas Índias Ocidentais”³ (p. 37). Assim, o maior problema da escrita de seu livro (1938) é o dos africanos que estão na África, por isso James escreve que para se interessar realmente pelo pan-africanismo, ele tratará das revoltas negras durante a escravidão, as revoltas na África ao longo do século XIX, e finalmente as revoltas na América e nas Índias Ocidentais. De fato, é bastante lógico que James comece o seu estudo com a revolta de escravos liderada por Toussaint Louverture, ao mesmo tempo que na França os franceses se levantavam contra a monarquia. É portanto impossível dissociar a emancipação que devemos à Revolução Francesa da situação dos escravos; além disso, esta “esquizofrenia” (emancipação, por um lado, dominação, por outro) é o leitmotiv de uma grande parte da história francesa:

“A única revolta negra bem sucedida, a única revolta de escravos bem sucedida, tem as suas raízes na Revolução Francesa, e sem a Revolução Francesa o seu sucesso teria sido impossível.” [4] (p. 38) 

No século XVIII, a colônia de Saint-Domingue era a mais próspera das colônias francesas e assegurava – em parte – a viabilidade do comércio externo francês. James também cita Jaurès:

“Que triste ironia na história da humanidade! As fortunas criadas pelo tráfico de escravos em Bordeaux, em Nantes, deram à burguesia esse orgulho que precisa da liberdade e contribui para a emancipação geral” [5] (p. 38)

Se a escravidão enriqueceu a metrópole, a sua abolição teria significado, da mesma forma, a ruína da ilha de Saint-Domingue, cuja economia se baseava inteiramente na escravidão. Para além da reflexão sobre a escravidão dos Negros, que levou em 1787 à criação da Abolition Society, muitas divisões marcaram Saint-Domingue. Houve conflitos entre os brancos-monarquistas e os brancos-revolucionários.

Além disso, os negros pretendiam escalar a hierarquia racial em vigor e, portanto, atacavam os brancos que lhes eram mais próximos: os pobres. Foi portanto neste contexto de caos absoluto, em que as ideias de liberdade, igualdade e fraternidade chegaram da França, ao mesmo tempo que uma luta entre brancos pobres e ricos, entre brancos pobres e negros, que uma certa consciência revolucionária despertou entre os escravos, o que levaria dois anos mais tarde à uma mudança na situação. Assim, na sua descrição, C.L.R. James usa a analogia dos escravos com o proletariado (sem os assimilar a ele):

“Os escravos trabalhavam no campo, e como os camponeses revolucionários de qualquer país, eles desejavam o extermínio dos seus senhores. Mas, trabalhando e vivendo juntos, em centenas nas gigantescas fábricas de cana-de-açúcar que cobriam a planície setentrional, assemelhavam-se mais a um proletariado moderno do que qualquer grupo de trabalhadores existente naquela época, e a revolta foi então um movimento de massas cuidadosamente preparado e organizado.

Certa noite, em agosto, caiu uma tempestade tropical, com relâmpagos, rajadas de vento e chuviscos. Utilizando tochas para abrir caminho, os líderes da revolta reuniram-se num espaço aberto na espessa floresta de Morne Rouge, uma montanha com vista para o Cap François, a maior cidade. Em seguida, Boukman, o chefe, após os encantamentos voodoo e bebendo o sangue de um porco, deu as instruções finais” [6] (p. 40).

Cada grupo de escravos assassinou os seus senhores e queimou as plantações. James assinala, contudo, que os “horrores” cometidos pelos escravos nunca se aproximaram dos cometidos pelos seus senhores. Além disso, a maioria dos plantadores brancos subestimaram a importância da revolta e continuaram o seu conflito com os negros e o governo francês. No entanto, à medida que a revolta se intensificou, os realistas puseram de lado o seu racismo – temporariamente – e juntaram-se aos negros para lutar contra os escravos. Enquanto a França estava sob a tutela dos Girondinos e de Brissot, este último percebeu que poderia se beneficiar ao dar plenos direitos aos negros.

Contudo, apesar de Brissot ser abolicionista antes de chegar ao poder, ele recusou-se a ir mais longe e, em vez de abolir a escravidão, enviou forças armadas para reprimir a revolta. Mas os escravos resistiram. C.L.R. James coloca tanta ênfase no contexto francês no seu livro porque, “se a França era uma república ou uma monarquia reacionária, não fazia diferença para os escravos nas colônias se algum dos regimes estivesse disposto a mantê-los como escravos” [7] (p. 42). Mas James também enfatiza a solidariedade dos revolucionários franceses com os escravos, alguns boicotando mesmo a compra de produtos coloniais, tais como o café. Não vamos entrar a fundo nesse período e na tomada do poder por Toussaint Louverture, mas o que nos interessa em particular é a consciência social dos escravos.

Se James os compara a um proletariado – por trabalharem em centenas nas enormes “fábricas” de cana-de-açúcar, a escravidão surgiu como uma espécie de prefiguração dos modos de produção capitalistas – é claro que é um proletariado racial, conscientemente auto-organizador para a emancipação. Os escravos negros não se diferenciavam de um proletariado apenas pelo seu trabalho (escravidão), mas também pelo racismo, no sentido pleno de “sistema racista”, da sua condição.

O racismo colonial não era, portanto, apenas uma questão de ideologia ou simples preconceito, mas baseava-se em condições reais que levariam os escravos a organizarem-se em “classes raciais”. Assim, o aspecto consciente e organizado dessa revolta levou ao seu sucesso e até fez dela uma revolução. Uma vez que, como escreve James, “o sucesso dos negros de Saint-Domingue matou o tráfico de escravos para as Índias Ocidentais, bem como a escravidão” [8]. Entre as condições desse sucesso, James nota o tempo que os escravos tiveram para se organizar um exército e o apoio que receberam da França revolucionária. Assumiram assim os slogans revolucionários e as ideias de liberdade e igualdade, mas repensaram-nas à luz da sua condição social de negros.

A avant-garde negra

As revoltas nos Estados Unidos seguiram, segundo James, a mesma linha que a de Saint-Domingue antes de 1789: revoltas de escravos não organizados, constantemente reprimidos com sangue: “Embora os seus senhores vivessem aterrorizados, os próprios negros não pareciam estar conscientes do seu potencial revolucionário quando organizados em grande escala” [9] (p. 52). A revolta em Saint- Domingue inspirou mais revoltas nos Estados Unidos nos vinte anos seguintes. Mas essas revoltas não foram tão bem sucedidas como a de Saint-Domingue, uma vez que terminaram em derramamento de sangue. Foi a Guerra Civil que libertou os escravos nos Estados Unidos, embora não tenha sido travada com o objetivo puramente “humanista” de emancipação dos negros escravizados. James recorda que Lincoln, num discurso, disse que para salvar a União poderia libertar todos os escravos ou nenhum deles.

Desde Saint-Domingue até à Guerra Civil, podemos observar que as revoltas pan-africanas questionaram diretamente as relações raciais resultantes da colonização e da escravidão. Foi essa consideração das relações raciais de poder que contribuiu para a criação de um marxismo negro em James. Um declive do marxismo que não obscurece a crítica do capitalismo e as relações de produção, mas amplifica essa crítica para realçar a dominação racial. A raça não é apenas uma representação, uma construção e um preconceito, ela representa uma situação social concreta: a dos colonizados! Assim, no título do seu livro A History of Negro Revolt (então A History of Pan-African Revolt in 1969), o termo “Revolt” é tão importante quanto “Negro”.

De fato, é a revolta que nos permite pensar na colonização do ponto de vista das massas negras, que estavam longe de ser passivas. Ao fazer voluntariamente um anacronismo, poderíamos dizer que o Terceiro Mundo começou a germinar a partir de Saint-Domingue. Aqui inspiramo-nos na ideia de Sauvy – que comparou o Terceiro Mundo aos Estados Terceiros porque “ignorou, explorou, desprezou” como eles. Estando o planeta dividido em primeiro, segundo e terceiro mundos e esse terceiro mundo também querendo “tornar-se algo” – mas iremos antes definir o Terceiro Mundo a seguir com Vijay Prashad:

“A ideia do Terceiro Mundo não surgiu simplesmente porque Sauvy cunhou o termo ou devido à utilização do termo pelos meios de comunicação social do Primeiro Mundo; o movimento nacionalista anti-colonialista desempenhou um papel fundamental, organizando uma série de comícios e dando ao anti-colonialismo uma linguagem própria, o que gerou um sentido de lealdade dentro do seu próprio círculo e mesmo para além dele. Essa luta histórica deu sentido e viabilidade à identidade do Terceiro Mundo, que pouco a pouco ganhou credibilidade – enquanto a participação na luta e os riscos corridos passavam confiança – dando assim ao termo a sua legitimidade social” [10][11].

Se Prashad “deu a luz” ao Terceiro Mundo em Bruxelas em 1927, durante a primeira conferência da Liga Contra o Imperialismo, parece que um embrião do Terceiro Mundo já existia em Saint-Domingue, no final do século XVIII, quando nasceu a linguagem do anti-colonialismo. “O negro dócil é um mito” [12], escreveu James. Essas revoltas negras, enquanto revoltas contra a condição racial dos negros, questionam de forma bastante ampla a especificidade do domínio colonial, como escreve James: “a situação de um africano na Eritreia sob o fascismo italiano não é pior do que a de um africano no Congo, sob a democracia belga” [13]. A atração de James por uma figura como Marcus Garvey (1887 – 1940) só pode, portanto, ser entendida em termos da necessidade de autonomia política dos negros em relação ao domínio colonial branco. Assim, numa discussão com James, Trotsky disse:

“A mulher negra que disse a uma mulher branca: “Espera até que Marcus esteja no poder e vocês serão tratados como merecem”, estava apenas expressando o seu desejo de construir o seu próprio estado. Os negros americanos reuniram-se sob a bandeira do movimento “De volta à África” porque parecia ser a promessa do cumprimento do seu desejo de terem a sua própria casa. Eles não queriam realmente ir para a África. Era uma expressão do desejo místico de um lar onde estivessem livres do domínio branco, e onde pudessem controlar o seu próprio destino.” [14]

Além disso, no seu livro, James enfatiza que para compreender a importância do movimento de Garvey, deve-se olhar para a condição dos negros nos Estados Unidos após a abolição da escravidão. Portanto, James não rejeita inteiramente as ideias de Marcus Garvey, mas considera o seu movimento tão perturbador quanto fascinante:

“Uma das coisas que Garvey fez foi conscientizar os negros americanos da sua origem africana e criar pela primeira vez um sentimento de solidariedade internacional entre africanos e descendentes de africanos.” [15] (p. 94)

A história de James sobre essas revoltas, sobre essa solidariedade pan-africana, não é, contudo, abstrata; é totalmente atual na época em que ele escreve A History of Negro Revolt (1938):

“A emancipação negra cresceu com os séculos; o que era local e nacional em Saint- Domingue e na América é agora uma emergência internacional, envolvendo o futuro de milhões de africanos.” [16]

Além disso, C.L.R. James conclui o seu livro expondo a ideia (acrescida na versão de 1969) de que o estudo da história das revoltas pan-africanas deveria servir para restaurar o marxismo, que se fossilizou em “países avançados”, em comparação à sua relevância original. Não pode-se, portanto, negar o profundo marxismo de James, mas também é preciso considerar a especificidade desse marxismo. Um marxismo negro, que o levaria nos anos 40 a pensar que a situação particular dos negros nos Estados Unidos, baseada não só na opressão de classe mas também na segregação racial, os transformaria, sujeitos a uma liderança política adequada – como era o caso em Saint- Domingue, por exemplo – na “vanguarda da revolução proletária”.

A tomada de consciência da questão racial, longe de dividir os trabalhadores, como é frequentemente dito, representa a participação dos estratos mais dominados da sociedade na emancipação e, portanto, a possibilidade de mudança social que permita pensar a diversidade de dominações e, portanto, a particularidade da dominação racial.

Selim NADI, membro do PIR (Parti des Indigènes de la République)

 

*Traduzido do francês por WALMIR GOIS


Notas

  1. CLR James, The Life of Captain Cipriani : An Account of British Government in the West Indies, citado em : Paget Henry, Paul Buhle (dir), CLR James’s Caribeean, Duke University Press, Durham, 1996.
  2. CLR James, Les Jacobins noirs, Éditions Amsterdam, Paris, 2009.
  3. CLR James, A History of Pan-African Revolt, PM Press, Oakland, 2012.
  4. Ibid.
  5. Citado em : Ibid.
  6. Ibid.
  7. Ibid.
  8. Ibid.
  9. Ibid.
  10. Vijay Prashad, Les nations obscures. Une histoire populaire du tiers monde, Écosociété, Montréal, 2009.
  11. Além disso, Prashad começa o primeiro capítulo da sua obra se referindo à revolta de Saint-Domingue.
  12. CLR James, Sur la question noire. La question noire aux États-Unis. 1935-1967, Syllepse, Paris, 2012.
  13. CLR James, A History of Pan-African Revolt, op. cit.
  14. Léon Trotsky, Question juive, question noire, Syllepse, Paris, 2011.
  15. CLR James, A History of Pan-African Revolt, op. cit.
  16. Ibid.
  17. Léon Trotsky, op. cit. Ideia desenvolvida em: Matthieu Renault, « Black Marxism : CLR James et l’indépendance des luttes noires », La Revue des Livres, n°10, 2013.

Fonte: http://indigenes-republique.fr

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