
O cartaz foi uma importante arma usada pelos jovens artistas soviets para divulgar mensagens revolucionárias.
A maior parte da vanguarda estética se une, pelo menos por algum tempo, à revolução dos bolcheviques. O cartaz de Melnikov é notável porque conjuga códigos iconográficos clássicos do mundo do trabalho – fábricas, guindastes – e um imaginário de desenvolvimento, o que pode ser visto através dos aviões, raios e robôs. Mais do que nunca, a revolução deve ser global e a refundação da humanidade total. Pode-se também notar uma influência direta da necessidade de representar uma guerra moderna. A audácia estética de uma parte da produção “vermelha” seduz hoje o nosso olhar, que incorporou as lições gráficas da arte do século XX.
O período da guerra civil, permitiu o reconhecimento imediato de um estilo, mas não garantiu uma leitura entusiasmada ou um impacto decisivo. Além da singularidade do líder, da firmeza da ideologia, da disciplina de ferro e de uma política que mistura promoção social e repressão política muito brutal, os bolcheviques se impuseram em 1921 ao vencer a guerra de imagens. Eles conseguiram saturar o espaço público e o horizonte político com seus slogans simples, seu maniqueísmo eficiente e suas cores inovadoras que indicavam um horizonte necessariamente radiante.
* Trecho de análise disponível em https://www.histoire-image.org/fr/etudes/affiche-arme-fatale-guerre-civile-russe








