
O termo Iluminura designa a decoração total ou parcial de uma página de manuscrito.
Etimologicamente a palavra deriva da expressão em latim miniare, que designa o uso do minium, do vermelho, para a escrita das iniciais. Atualmente o termo é usado para as obras pintadas sobre marfim dos séculos XVIII e XIX.
A prática de associar um texto a uma imagem remota à Antiguidade clássica, quando o retrato do autor acompanhava a sua obra. Nesta época, a decoração era realizada sobre rolos de papirus. A destruição de biblioteca antigas como a de Alexandria, como também à extrema fragilidade do material, explicam a pequena quantidade de pinturas sobre papirus que foram conservadas.
No séc. I da nossa era, ocorre uma verdadeira revolução na história da ilustração dos livros. Ao lado dos rolos de papirus, há o surgimento dos codices. O codex tinha a forma que conservamos nos livros modernos. Apesar das incontestáveis vantagens apresentadas por esta nova fórmula, foi preciso esperar até o séc. IV para ver o codex se impor. Ele oferecia aos artistas possibilidades técnicas e estéticas insuspeitas até então, que permitiriam a pintura sobre o livro de rivalizar com a pintura sobre madeira, com pintura mural, e com o mosaico. As folhas não deveriam ser mais enroladas, como era o caso do papirus; podia-se aplicar a pintura em camadas mais grossas; utilizar uma gama de cores mais finas, o isolamento de uma cena, facilitariam o desenvolvimento do gênero autônomo dos séculos medievais do Ocidente como do Oriente bizantino.
Para o historiador da arte medieval, o aporte da iluminura é inestimável, pois ela permite de se ter uma ideia de quais eram os ciclos pictóricos monumentais desaparecidos. Dentre os manuscritos mais antigos conservados, vale citar Virgilius Vaticanus (Roma, Biblioteca do Vaticano, 400 d.C) e Virgilius Romanus (Rima, Biblioteca do Vaticano, 440 d.C.). Ambos fundados no texto de Virgilio.




Conteúdo relacionado ao livro Como se revoltar?
FONTES: Encyclopedie de l’art, La Pochothèque, Garzanti.